MOSCOU – No quarto dia de guerra, os russos voltaram às ruas de diversas cidades para protestar contra a invasão da Ucrânia e pedir o fim do conflito. Manifestações foram registradas em lugares como Moscou, São Petersburgo e também na Sibéria. Acompanhe em tempo real a guerra na Ucrânia (conteúdo aberto para não assinantes).

Os protestos começaram na quinta-feira e continuaram neste neste domingo, 27, apesar das autoridades russas terem avisado que não permitiriam qualquer manifestação “não autorizada”. A polícia russa age rapidamente para deter centenas de pessoas todos os dias.

Em São Petersburgo, onde dezenas se reuniram no centro da cidade, agentes usando equipamentos de choque arrastaram manifestantes para vans da polícia.

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Pessoas participam de um protesto contra a invasão da Ucrânia, em Moscou, depois que o presidente Vladimir Putin autorizou uma operação militar massiva Foto: REUTERS – Evgenia Novozhenina – 27/02/2022

De acordo com o grupo de direitos humanos OVD-Info, que rastreia prisões políticas, ao menos 356 russos foram presos em 32 cidades por protestar contra a guerra neste domingo.

Em Berlim, na Alemanha, aproximadamente 100 mil pessoas também protestaram em solidariedade ao povo ucraniano. Segundo a polícia, grandes multidões ocuparam a área originalmente planejada para a manifestação ao redor do Portão de Brandemburgo, no centro da capital. 

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Manifestantes carregam bandeiras e cartazes enquanto participam de um protesto contra a guerra, em Berlim, Alemanha
Foto: REUTERS – Fabrizio Bensch 

Belarus, país em que delegações russas e ucranianas devem se encontrar para negociar um acordo, também registrou manifestações após o Kremlin informar que autoridades desembarcaram no país. Imagens nas redes sociais mostram moradores ocupando ruas da capital Minsk e outras cidades, carregando bandeiras da Ucrânia e pedindo o fim da guerra. 

Belarus foi usado pela Rússia como base em sua ofensiva militar. O presidente da Ucrânia afirmou que aceitaria as negociações, mas que elas precisariam ocorrer em um país neutro. Pouco depois, mudou de ideia./AP

Fonte & Fotos: Agência Reuters

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