Reintegração de russos sugerida pelo COI é ‘bofetada nos ucranianos’, diz ministra alemã

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Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, considera a recomendação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a reintegração de atletas russos e belarussos às competições internacionais "uma bofetada nos atletas ucranianos". A declaração foi feita em um comunicado emitido por Faeser nesta terça-feira e faz coro a uma série de críticas que o COI tem recebido por causa da movimentação.

"O esporte internacional deve condenar com toda intensidade a guerra de agressão brutal comandada pela Rússia. Não há o que fazer a não ser excluir completamente os atletas russo e belarussos das competições internacionais", defendeu a ministra.

O COI fez a recomendação nesta terça-feira, sugerindo a todas entidades reguladoras de esportes que permitam a participação de atletas da Rússia e de Belarus como participantes neutros, sem bandeira, desde que não tenham comprovadamente apoiado a guerra promovida por Vladimir Putin.

O comitê ainda não se posicionou sobre a participação de atletas de ambas as nacionalidades nos Jogos de Paris, em 2024. De acordo com a organização, o posicionamento sobre o assunto será revelado "no momento apropriado". A postura tem incomodado diversas nações e federações. Ucrânia, Polônia, Estônia, Lituânia e Letônia ameaçaram boicotar as competições caso a liberação seja levada adiante.

A recomendação também repercutiu entre atletas. Uma carta aberta assinada por 323 esgrimistas pediu ao COI e à Federação Internacional de Esgrima que a exclusão de atletas da Rússia e de Belarus seja mantida nas competições internacionais. No texto, dizem que "a voz dos atletas não está sendo escutada".

A carta também menciona que a guerra na Ucrânia matou 232 esportistas e destruiu 343 instalações esportivas, além de ter obrigado 40 mil atletas a deixarem o país. "A agressão viola as normas do direito internacional e os valores olímpicos fundamentais, enter eles a paz, o desenvolvimento harmonioso da humanidade e o respeito à dignidade e aos direitos humanos.

Fonte: Notícias ao Minuto