O grupo Jovem Pan publicou um editorial nesta quarta-feira (28) no qual afirma que “não faz coro e não endossa qualquer lampejo golpista, ato de violência ou o uso retórico irresponsável de instrumentos constitucionais.”
Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino, dois simpatizantes do golpe na Jovem Pan
No texto lido por um locutor canastrão, a empresa de Tutinha reconhece a divisão política do país e pede que haja compreensão de parte a parte, reconhecendo que as discordâncias “são pilares fundamentais da democracia”, mas ressaltando “que essa divergência seja mantida no campo das ideias e do respeito às instituições e à Constituição.”
O editorial surge num momento em que o grupo vem perdendo patrocinadores em razão da campanha #DesmonetizaJP, iniciada pelo perfil Sleeping Giants no Twitter. Gigantes do mercado como o Ponto Frio, a Natura e Burguer King já se posicionaram favoravelmente à retirada de seus anúncios do canal.
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Num debate naquele mesmo dia, no qual todos os participantes malharam Alexandre de Moraes, um sujeito defendia que os CACs tinham que se armar.
Das quatro últimas postagens no Twitter do terrorista preso George Washington Oliveira Sousa, duas repercutiam mensagens de Rodrigo Constantino, uma delas celebrando o apoio de Moro a Bolsonaro e a outra acusando o TSE de agir como “um partido político” a favor de Lula.
Paulo Figueiredo, neto do último ditador do regime militar brasileiro e estrela da casa, defende o assassinato político abertamente.
Recentemente, ele afimou que, em caso de reação contra um golpe militar, a reação do Exército deveria ser “passar o cerol” no MST, comparando o movimento ao PCC.
Em outro trecho do texto que reflete a posição oficial do grupo, afirma-se que que “não há espaço para ameaças, para violência ou para que se coloque sob suspeita a realização da transição de governo, que seguramente acontecerá no próximo domingo” e que “se há divergências, que estas sejam discutidas no mais alto nível, de forma propositiva e com argumentos que se sustentem pela clareza e pelo caráter técnico.”
Hoje, em seu perfil de Twitter, ele negou que bolsonaristas participassem de atos terroristas em Brasília:
De acordo com a Revista Piauí, entre 2018, último ano do governo Temer, e 2022, a Jovem Pan teve um aumento de recebimento de verbas publicitárias do governo federal, saindo de R$ 840 mil para R$ 7,8 milhões apenas no primeiro semestre deste ano de 2022.
Fonte: DiáriodoCentrodoMundo – Foto: DCM
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