Quando a ideologia prevalece sobre a Bíblia

714
Kleber Lucas falou que o hino Alvo Mais que a Neve tem “ideia de embranquecimento” Foto: YouTube

Quando a ideologia prevalece sobre a Bíblia, surgem frases e pensamentos equivocados como, a afirmação de que o hino Alvo Mais que a Neve é usado como instrumento de perpetuação do racismo.

Na verdade, os que afirmam isso contribuem com os pressupostos esquerdistas que visam dividir a população como um todo. Nessa perspectiva, incute-se na Igreja a ideia de que na família da fé, homens e mulheres encontram-se polarizados em virtude do racismo.

Ora, claro que o racismo é um problema que precisa ser combatido; contudo, na sociedade civil, a Igreja de Cristo, composta por pessoas regeneradas pelo Espírito Santo, é o lugar em que pretos e brancos vivem unidos para a glória de Deus.

Na verdade, a doutrina da união em Cristo traz o ensino de que no batismo, todos os regenerados pelo Espírito de Deus e justificados por Cristo estão unidos de forma igual a Cristo.

Entretanto, lamentavelmente existem alguns que pensam de forma diferente, cometendo o erro em dizer aquilo que a Bíblia não diz, ou mesmo a ensinar o que Palavra de Deus não ensina.

Ora, a canção a supra mencionada, de composição de Eden Reeder, no século 19, não foi composta numa perspectiva racista e que visava a imposição de uma supremacia branca. Longe disso. A música teve como inspiração um texto bíblico: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei” (Salmos 51:7).

Portanto, afirmar que esse texto aponta para um tipo de hegemonia branca é mais do que ideologizar a fé; é, na verdade, distorcer a ortodoxia, aplicando ao autor da canção e ao texto sagrado uma visão liberal, profana e que não coaduna com as Escrituras. Até porque, a Palavra de Deus, em hipótese alguma, defende o racismo.

Por fim, concluo que atribuir a Bíblia um viés ideológico além de ser um grave erro hermenêutico é uma tentativa de produzir narrativas desconstrucionistas cujo o objetivo final e pôr em xeque a inerrância das Escrituras.

Fonte: Pleno News