O Senado aprovou hoje (3) um Projeto de Lei (PL) que define como essenciais os serviços de prevenção e combate à violência doméstica. Dessa forma, não podem ser suspensos em virtude da pandemia do novo coronavírus. A lei inclui em seu texto todo serviço e atividade relacionados à violência contra a mulher, idosos, crianças ou adolescentes. O texto retorna para a Câmara por ter sido alterado pelos senadores. De acordo com o projeto, o poder público deverá oferecer, enquanto durar o estado de emergência, residências temporárias, em casas-abrigo ou casas de acolhimento, para mulheres, adolescentes e crianças em situação de violência doméstica e familiar. Da mesma forma, o atendimento psicológico e, quando necessário, apoio pedagógico para crianças e adolescentes, também deverá ser oferecido. “[…] em tempos de crises sanitárias e humanitárias, os conflitos sociais são potencializados, expondo a população mais vulnerável a níveis inaceitáveis de violência, principalmente a praticada no âmbito doméstico e familiar. Nesse cenário, mostra-se fundamental que serviços de atendimento às mulheres previstos na Lei Maria da Penha não sejam descontinuados”, disse a relatora do projeto, Rose de Freitas (Podemos-ES), em seu parecer. O projeto determina ainda que devem ser repassadas às autoridades em até 48 horas as denúncias de violência doméstica feitas através da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Ligue 180) e do serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual (Disque 100). Além disso, enquanto durar o estado de calamidade, as penas pela prática de violência doméstica previstas em lei devem ser aplicadas em dobro. O PL original é de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), com co-autoria de outras 22 deputadas da bancada feminina. Ao longo da sessão, senadoras também defenderam o projeto. Simone Tebet (MDB-MS) foi uma delas. “[o projeto] tem o apoio de toda a bancada feminina […]. Essa convivência de 24 horas, infelizmente, de confinamento não tem feito bem nesse aspecto às famílias brasileiras. O número de denúncias tem aumentado, mas principalmente o número de feminicídios – matar uma mulher em razão de ser mulher”. ” O jornalismo tem o papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro. Esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Redação Nacional. Mas para isso, nós precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.” Copyright © 2019, Redação Nacional. Todos os direitos reservados

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.