Deputada desabafa: Isa Penna, ‘Me sinto enojada’, afirmou após assédio sexual de Fernando Cury

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São Paulo: A deputada estadual Isa Penna (PSOL) disse que se sente ‘enojada’ pelo assédio que sofreu na Assembléia Legislativa de São Paulo – ALESP e declarou, que episódios como esse são ‘cotidianos’ no parlamento.

DOCUMENTO – BOLETIM DE OCORRÊNCIA Um vídeo da sessão plenária da última quarta-feira, 16, mostra a parlamentar conversando com o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), quando o deputado Fernando Cury (Cidadania) se aproxima da Mesa Diretora e se posiciona atrás da deputada, colacando a mão na lateral dos seios da parlamentar . “Me sinto enojada”, CONTINUA APÓS PUBLICIDADE A deputada disse que o assédio é uma ‘constante’ nos espaços políticos de poder. “Esses homens têm uma vivência de como se fossem deuses, autoridades inatingíveis pelo povo”, declarou. Ao contrário do que argumenta o parlamentar, ela disse que não considera o ato um abraço e que sequer sabia o nome de Cury. “Não foi um abraço porque eu senti a mão dele. Ele pegou no peito.” A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP) durante entrevista à emissora CNN Brasil. Foto: Reprodução A deputada registrou um boletim de ocorrência contra Cury e também entrou com uma representação. No entanto, ela diz não esperar muito da Alesp. “Nunca vi um deputado sequer sofrer uma sanção”, contou Isa, que já foi vítima de assédio outras vezes. “O espaço do parlamento é um espaço absolutamente violento. O assédio cotidiano.” Vejam a matéria e indignação da jornalista Monaliza Perrone. Após a repercussão do caso, o Cidadania, partido de Cury, afirmou que acionará o Conselho de Ética da legenda para apurar o caso e cobrou ‘as devidas explicações do parlamentar’. A nota foi assinada pelos presidentes estadual e nacional da legenda, Arnaldo Jardim e Roberto Freire, respectivamente. Fernando Cury afirmou durante a sessão desta quinta que está ‘constrangido’ e ‘triste’ e se desculpou pelo que chamou de ‘abraço’. “Gostaria de frisar que não houve, de forma alguma, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa”, afirmou. “Eu nunca ia fazer isso na frente de 100 deputados”.

Fonte: Alesp, CNN Brasil e Redação “O seu apoio mantém o jornalismo vivo. O jornalismo tem um papel fundamental em nossa sociedade. O papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro. Esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Redação Nacional. Mas para isso, nós precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.”