Covid19: Cientista brasileira coordena testes de vacina, desenvolvida pela UNIVERSIDADE DE OXFORD

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A vacina contra o coronavírus em desenvolvimento na Universidade de Oxford é uma das esperanças para o combate da COVID-19 você provavelmente já sabe – mas sabia que uma cientista brasileira faz parte da equipe responsável por essa pesquisa? A Imunologista Daniela Ferreira é a especialista em infecções respiratórias e desenvolvimento de vacinas que está à frente da etapa de testagem feita na Escola de Medicina Tropical de Liverpool, um dos 18 centros de pesquisa do Reino Unido convocados pela Universidade para testar o novo imunizante. Imunologista Daniela Ferreira está à frente da etapa de testagem na Escola de Medicina Tropical de Liverpool “O que está acontecendo agora é um trabalho de envolvimento global, com todos os cientistas compartilhando conhecimento em tempo real. A vacina é para o mundo inteiro; tem de haver uma colaboração internacional e tem de ser solidária, não pode ser ditada por interesses comerciais e preços”, explicou Daniela, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”. Pesquisadora brasileira é responsável pelos testes em 550 voluntários: entre dois a seis meses já será possível saber a eficácia da vacina Considerada a mais avançada e uma das mais promissoras do mundo, a vacina contra a COVID-19 de Oxford entrou na terceira fase de testes esta semana. Nesse momento de testagem em massa, o papel de Daniela é, junto com seu grupo, recrutar 550 voluntários e coletar respostas. “Passamos da fase um para a fase três em apenas dois meses. Agora, na fase três, a vacina será testada em 10 mil pessoas para verificarmos sua eficácia”, disse a pesquisadora. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE Esse trabalho, por sinal, já começou. Segundo a Doutora pelo Instituto Butantan, o processo chamado “ensaio de eficácia”, que já foi iniciado, se divide entre a escolha de voluntários e divisão deles em grupos. Em seguida, um grupo recebe o produto que é candidato à nova vacina, enquanto o outro recebe uma vacina feita a partir da mesma plataforma (adenovírus) da vacina contra a COVID-19. “Na semana passada, fizemos o recrutamento dos voluntários e alguns exames para saber se são saudáveis, se podem receber a vacina, se não foram expostos ao vírus, todas essas coisas. Metade receberá a vacina controle e a outra metade, a vacina ativa”, explicou. Agora, enquanto rodam os testes, as vacinas já estão sendo produzidas em larga escala. Segundo Daniela, o objetivo é ter o maior número possível de doses prontas para distribuição assim que o produto for aprovado, evitando um possível atraso na proteção da população mundial. A cientista, no entanto, não fez uma estimativa sobre quando a vacina ficará pronta. “Esses números voltam para te morder. Mas o que posso dizer é que entre dois a seis meses já saberemos se a vacina é eficaz”, finaliza. Fonte: Redação / Para Mulheres na Ciência “O jornalismo tem o papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro. Esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Redação Nacional. Mas para isso, nós precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.” Copyright © 2019, Redação Nacional. Todos os direitos reservado