Número de pacientes na fila de espera por um leito COVID cai para zero em Camaçari

Após 30 dias de medidas restritivas no enfrentamento a pandemia da COVID-19 os resultados positivos foram expressivos em Camaçari principalmente na redução da fila de espera por leitos de UTI e clínicos, assim como pacientes sintomáticos dando entrada nas unidades da Atenção Básica e de urgência e emergência.

Durante todo o mês de março a média diária de pessoas na fila de espera por um leito de UTI ou clínico para tratamento da COVID-19 foi de 38 pessoas por dia. Se calcular a média tomando por base apenas a primeira quinzena de março, momento mais crítico da pandemia no município, essa média foi de 55 pessoas por dia. No momento mais crítico chegou-se a ter 72 pessoas na fila de espera em um dia. Porém, após a abertura de novos leitos clínicos e de UTI, somados as medidas restritivas, esse número caiu para zero desde o dia 01 de abril e assim tem estado nos últimos cinco dias.

Outro fator importante a se observar foi a redução no número de pessoas que tem dado entrada na tela da regulação aguardando um leito COVID. Durante todo o mês de março a média diária era de 25 novos pacientes. Nos últimos cinco dias essa média caiu para 03 pacientes por dia.

Diretora de Controle e Regulação do SUS, Elba Brito explica que, “a redução no número de pacientes por dia pedindo leitos é o sinal mais importante dos efeitos positivos das medidas restritivas. Porém, ainda precisamos nos manter muito vigilantes, pois a ocupação dos leitos de UTI do município continua em 100%. Essa média não baixou em momento nenhum ainda”.

Outro avanço importante, após os 30 dias de medidas restritivas, foi a diminuição em praticamente 70% de pacientes sintomáticos da COVID buscando atendimento nas unidades de urgência e emergência. Em média 150 pessoas sintomáticas COVID-19 davam entrada por dia nas UPAs e PAs do município durante o mês de março. Esse número caiu em mais de 70% nos primeiros cinco dias de abril. A diminuição de pacientes sintomáticos também ocorreu nas unidades de saúde da Atenção Básica.

O número de novos casos confirmados também teve uma queda considerável. Na última semana epidemiológica entre 28 de março e 03 de abril foram 293 novos casos. No ponto alto da pandemia entre fevereiro e março chegou-se a ter 1.640 novos casos numa única semana. Foram quatro semanas seguidas com os números variando entre 1.057 e 1.640 novos casos confirmados. A partir da adoção das medidas restritivas no início de março esses números passaram a cair.

Secretário de Saúde, Elias Natan afirma que esses avanços só foram possíveis graças as medidas restritivas adotadas junto com a participação da população e as ações adotadas pelo governo municipal. “Foi um trabalho conjunto que comprovou que se trabalharmos juntos venceremos essa pandemia. Veja o quanto avançamos com apenas 30 dias de medidas restritivas onde a maioria da população entendeu a situação e respeitou”, afirma.

Mesmo estando num momento de declínio da curva da COVID-19 em Camaçari, Elias Natan pede cautela à população. “Ainda temos 100% das UTIs ocupadas. Nós estamos apenas no início da curva decrescente. Se não mantivermos a vigilância e obediência as medidas preventivas tudo isso irá por água à baixo e voltaremos a viver o caos. Por isso conclamo as pessoas a continuarem se protegendo e protegendo seus entes queridos. Ainda não é hora de aglomerar”, ressalta.

Durante o mês de março a Secretaria de Saúde adotou importantes medidas para ajudar a população com a abertura de três unidades de saúde nos finais de semana com horário de atendimento estendido, ampliou o atendimento por demanda aberta em todas as unidades de saúde, ampliou a capacidade de ocupação da UPA da Gleba A com uma unidade provisória instalada no estacionamento da UPA, implantou 18 leitos clínicos e 7 poltronas para receber pacientes COVID no CAPS 3, reinaugurou o Centro de Intermediário de Enfrentamento ao Coroavírus (CIEC) com 20 leitos clínicos e uma sala vermelha, e ampliou de 10 para 15 os leitos de UTI COVID contratualizados com a clínica Santa Helena.

Fonte: Ascom – Saúde -PMC

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