Efeito Bolsonaro: Desgoverno e disparada do dolar

 

Bolsonaro não está provocando apenas o colapso na Saúde. Está desestruturando a economia, o que apavora desde os engravatados da Faria Lima aos desamparados das periferias. Em março, a alta nos preços dos combustíveis acelerou a prévia da inflação oficial, com o IPCA-15 subindo 0,93% — maior número desde 2015, no governo desastrado de Dilma. Assim, a inflação de 12 meses já está em 5,52% em 12 meses, acima do teto fixado pelo BC (5,25% ao ano). Especialistas indicam que a inflação atingirá 8% em junho. Para conter o avanço inflacionário, o BC subiu a Selic em 0,75% em março e deverá repetir a dose em maio. Campos Neto Precisa ter cuidado para não inviabilizar a retomada da economia.

Dólar dispara

O “custo Bolsonaro”, a falta de vacinação em massa e a demora na liberação do auxílio emergencial estão deteriorando tanto as perspectivas da economia que o mercado financeiro está correndo para o dólar, que já está perto dos R$ 6. Apenas este ano, o dólar já subiu 10,58% – o dobro da inflação anual.

Profissionais relatam que a corrida por dólares é uma resposta à deterioração do sentimento sobre a perspectiva para a agenda de reformas, em meio à falta de articulação do governo com o Congresso Nacional.

O exterior mais conturbado, com o acirramento das disputas comerciais entre Estados Unidos e China, corrobora a força do dólar no Brasil. Mas profissionais do mercado chamam atenção para o desempenho mais fraco do real ante seus rivais, o que sugere fatores idiossincráticos como os principais a ditar a disparada do dólar.

“A probabilidade de o BC dar suporte ao câmbio parece estar aumentando”, disse Robert Habib, do J.P. Morgan, em nota recente. Na avaliação dele, o presidente do BC, tem destacado a continuidade da política e, dessa forma, pode agir com swaps cambiais caso o real estenda sua fraqueza ante os pares.

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