Damares Alves recebe convite para se filiar no PTB

BRASÍLIA — A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (sem partido), passou o ano de 2021 dizendo que “não seria candidata a nada”. Nos últimos dias, porém, resolveu testar a própria popularidade junto à base bolsonarista e, em tom de brincadeira, deu pelo menos três declarações que revelam seu flerte com as urnas. O projeto conta com apoio incondicional do presidente Jair Bolsonaro, que revelou ontem ter formalizado um convite para ela concorrer ao Senado.

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— Posso adiantar uma possível senadora para São Paulo: a ministra Damares. O convite foi feito, o Tarcísio (de Freitas) gostou dessa possibilidade. Conversei com a Damares, e ela ainda não se decidiu — contou o presidente, deixando claro que a sugestão passou pelo crivo do ministro da Infraestrutura, seu candidato ao Palácio dos Bandeirantes.

Já Damares deu sinais de interesse na disputa durante uma “live” promovida pelo pastor evangélico e ex-deputado federal Fábio Sousa, na segunda-feira.

— Virou uma confusão, porque pegaram como verdade que eu seria candidata e me lançaram candidata. E você sabe que eu estou gostando dessa ideia? — confidenciou a ministra, que tratou a reforma do Código Penal como o principal objetivo de um eventual mandato no Congresso.

Ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf também almeja concorrer ao Senado por São Paulo na aliança de Bolsonaro. O posto também chegou a ser o objetivo do ex-ministro Ricardo Salles, que agora deseja concorrer a deputado federal.

Interlocutor da ministra na conversa, o ex-deputado é filho do apóstolo César Augusto, da Igreja Fonte da Vida, um frequentador assíduo do Palácio do Planalto e ligado a Damares. Procurado pelo GLOBO, ele afirmou acreditar que a ministra é “candidatíssima”, sem mencionar a qual cargo.

Embora não seja unanimidade dentro da bancada religiosa, a ministra conta com o apoio da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é evangélica. Recentemente, ela postou em suas redes sociais o resultado de uma suposta pesquisa em que a ministra apareceria na liderança na corrida pela Senado no Amapá, estado para o qual ela poderia mudar seu título de eleitor, inscrito hoje em São Paulo.

Fonte: PTB – O Globo

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