Caso Henry: Dr. Jairinho e Monique tomavam e davam remédio

1286

Caso Henry: O casal Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe do garoto Henry Borel, que estão presos suspeitos pela morte do garoto, tomavam muitos remédios. A mãe do menino, morto no início de março em um apartamento da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, também dava um medicamento para ansiedade e um xarope de maracujá para Henry.

A revelação é da empregada doméstica do casal, Leila Rosângela Mattos, em depoimento fornecido no final da tarde dessa quarta-feira, na 16ª delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro e obtido na íntegra pela Record TV e o R7. Henry morreu no dia 8 de março, depois de ser levado do apartamento do casal para um hospital, onde chegou sem vida. 

Leila não soube explicar a razão para o casal tomar os medicamentos, mas afirmou que Monique havia explicado a ela que os remédios “eram dados porque Henry não dormia direito, passava muito tempo acordado”. Henry tomava a droga, cujo nome ainda não foi revelado, três vezes por dia. 

A faxineira do casal informou ainda que Henry “chorava o tempo todo” e vomitava de vez em quando, mas não soube informar os motivos dos vômitos. Leila relatou uma passagem em que, diante do choro do garoto, a mãe.

O garoto Henry Borel, 4 anos, barbaramente assassinado na madrugada de 8 de março: denúncia de privilégios contra mãe e padrasto  Arquivo pessoal/VEJA

Monique Medeiros, falou que ele era “muito mimado” e que, se ele continuasse chorando à toa, ela “levaria ele para morar com o pai dele”. Henry, diz a empregada, teria afirmado que não queria morar com o pai. 

Em uma das supostas sessões de tortura no apartamento da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o vereador afastado Dr. Jairinho chegou em casa, recebeu um abraço do menino Henry e levou o garoto para o quarto, onde ficaram trancados por cerca de 10 minutos, para mostrar “algo que havia comprado para viajar”.

Depois, o menino saiu do cômodo mancando e reclamou de dores no joelho e na cabeça à baba, Thainá. Tudo isso teria acontecido na ausência da mãe, Monique Medeiros, que estava em um shopping da cidade. O episódio, que teria ocorrido em 12 de fevereiro de 2021, sexta-feira de Carnaval, foi presenciado por Leila.

Fonte: Correio do Povo

“O seu apoio mantém o jornalismo vivo. O jornalismo tem um papel fundamental em nossa sociedade. O papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro.

Esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Redação Nacional.

Precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.