Brasileira afirma que relacionamento com italiano era abusivo, agora sofre acusação de sequestrar a filha
“A gente passou seis meses separados, mas mesmo nesse período ele continuou me vendo. Me procurava, pedia para eu dormir com ele na sua casa ou então ele vinha no meu apartamento. Depois a gente voltou e passamos o ano de 2017 juntos. Nesse período, uma amiga minha ficou hospedada na minha casa durante dois meses e ele me perguntava o tempo todo quando ela ia embora”.
Ladjane relata que não era fácil entender a situação e que, ao contrário do Brasil, na Itália não havia campanhas frequentes que falassem sobre violência contra a mulher.
Ainda segundo o Istituto, dois em cada três acessos ao serviço médico ocorrem porque a mulher recorre ao pronto-socorro por iniciativa própria. Já um em cada quatro casos precisam da intervenção do 118*. Considerando a forma como o trauma foi causado, em mais de 70% dos acessos ao sistema de saúde italiano o motivo foi provocado por uma agressão. 74,3% dos atendimentos acontecem no grupo de mulheres com idade de 25 a 34 anos.
A descoberta da gravidez intensificou as violências psicológicas e físicas. A brasileira conta que escondeu a gestação porque sabia que seria indesejada por Bosio.
Em março de 2019, Claudio chegou a encontrar Ladjane em sua casa, onde teria ocorrido outro desentendimento. “Eu recebi ameaças. Ele foi grosso comigo e com a minha mãe. Disse que levaria a minha filha para a Itália. Foi quando eu pedi um ofício que impedia que ele retirasse a criança do Brasil. Eu já tinha entrado com um pedido de guarda”.
Por meio de comunicado, Claudio afirmou que a relação com a filha, que tem dois anos e seis meses, é maravilhosa. Bosio também afirmou que os primeiros anos de relação com Ladjane foram excelentes.
“Os primeiros anos da minha relação com a mãe foram excelentes. Eu a adorei desde o primeiro segundo que a vi. Estive presente no parto, e, desde então tenho vivido em função deste amor que sinto por ela”.
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